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Área Criativa

Área Criativa

A Área Criativa é um projeto de construção de um espaço cultural destinado ao encontro, produção, formação, intercâmbio e experimentação artística. O espaço, sua gestão e programação são pensados coletivamente com as crianças, adolescentes e jovens da cidade, muitos deles participantes de grupos culturais. Fica localizado na Rua Cinco, 160, B. Planalto na cidade de Pedra Azul no semi-árido de Minas Gerais, Brasil

O processo de construção durou 4 meses e durante este período foram realizadas oficinas de formação com os adolescentes e jovens da cidade para pensar o espaço, sua programação, gestão e regras de funcionamento. A cada etapa da construção o grupo realizava uma ação no espaço como exercício de planejamento, produção e gestão. A estrutura da Área Criativa foi pensada para abrigar as mais diferentes ações e grupos culturais sendo um espaço aberto para quem quiser usá-lo. Não há necessidade de chaves para entrar no espaço o que facilita o uso por todos.

As atividades foram planejadas após a realização de um mapeamento dos grupos culturais da cidade, de conversas com moradores, adultos e crianças, principalmente aqueles que vivem no bairro onde o espaço foi construído.

As experiências criaram uma estrutura de programação que se compõe da seguinte maneira: 1) Espaço Aberto: os grupos culturais da cidade que não tem lugar para desenvolverem suas atividades podem utilizar o espaço da Área Criativa. Como contrapartida o grupo deve realizar uma atividade aberta ao público. 2) Oficinas de formação em artes para crianças e jovens: Os próprios educadores locais oferecem oficinas abertas ao público. As crianças escolheram as oficinas. As primeiras escolhidas foram as Oficinas de Percussão e de Circo. 3) Residências artísticas/intercâmbios: a Área Criativa conta com um espaço para receber artistas de outras cidades que desejam realizar uma residência artística em Pedra Azul. Os artistas residentes devem tem um perfil de artista-educador e envolver as crianças, adolescentes e jovens em seus processo de pesquisa e produção artística. No período entre julho de 2015 ao final de 2016 foram realizadas 4 residências com artistas vindo de Belém do Pará, Belo Horizonte, Pedra Azul e São Paulo.

O projeto foi pensado como um espaço de trocas e de produção simbólica que fortaleça a identidade e cultura local, criando outros imaginários sobre o Sertão de Minas, através de intercâmbios e ações que produzem imagens menos estigmatizadas e mais positivas sobre esta região.

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Muros: Territórios Compartilhados

Muros: Territórios Compartilhados

A proposta do Projeto Muros: Territórios Compartilhados é ativar o imaginário urbano através da produção de trabalhos de arte contemporânea que se materializam no corpo da cidade. Por meio de uma convocatória pública convidamos artistas de diferentes regiões do Brasil a pensar trabalhos que utilizem os muros das cidades como estrutura de suas obras, sempre levando em consideração o contexto onde cada muro se encontra.

É com este dispositivo que pretendemos ressignificar os muros, imaginá-los como estruturas de trocas simbólicas, fomentar discussões sobre a cidade, os espaços de compartilhamento, a relação entre privado e o público, os territórios e suas fronteiras. O muro está sendo pensado aqui, como um território, como um limite, um espaço de separação e ao mesmo tempo como um lugar de encontro. Estas relações complexas e ambíguas, expressas no próprio nome do projeto, pretendem provocar nossa imaginação para outros arranjos possíveis ou utópicos.

Somando as três edições foram realizados 22 trabalhos em três cidades diferentes: Belo Horizonte (2011); Fortaleza (2012) e Salvador (2013). A cada edição realizamos um seminário que é uma momento de reflexão sobre a proposta do projeto e de reverberação das questões levantadas pelos trabalhos realizados.

O projeto começou na cidade de Belo Horizonte com o foco nos artistas locais e foram realizados 7 trabalhos usando muros como estrutura. A segunda edição foi aberta a artistas de todo o Brasil e  aconteceu em na cidade de Fortaleza. Nesta edição foram 8 propostas realizadas em diferentes lugares da cidade. Os artistas tiveram uma semana para realizar o trabalho e foi a partir desta experiência que entendemos que era necessário alargar o tempo de realização dos trabalhos e do convívio dos artistas com os contextos onde os muros se encontram e com a cidade. Foi a partir dessa experiência que nasce o formato de Residência para a edição do projeto em Salvador. Propusemos então esta nova estrutura com a intenção de provocar um deslocamento de tempo e espaço nos artistas participantes. Os deslocamentos conduzem a outros modos de enxergar e de operar nas realidades circunscritas, na medida em que levam os artistas a lidar com situações que na maior parte das vezes são inusitadas e/ou desconhecidas para eles. Com o período de experimentação e de vivência nos locais, ocorrem momentos de imersão para os artistas que os levam a contextualizar seus trabalhos diante de uma situação específica, no caso, a partir de locais que eles elegeram para realizar as intervenções. Assim, não se trata de uma abordagem generalista sobre o lugar escolhido, mas sim de uma imersão em realidades não absolutas, mas que são permeadas de trocas com o lugar e com as pessoas que habitam e transitam o entorno.

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Muros: Territórios Compartilhados BH

Muros: Territórios Compartilhados BH

Esta publicação é o resultado da primeira edição do projeto Muros: Territórios Compartilhados. Neta publicação estão reunidos alguns registros e reflexões sobre as sete propostas selecionadas e realizadas nos muros de Belo Horizonte. O projeto convidou pessoas a desenvolver propostas nas quais o muro deveria estar presente na estrutura física e conceitual do trabalho. Estabelecer relações entre as artes visuais (nas suas diversas linguagens), os muros e seu entorno foi um dos principais dispositivos que provocou mais de 80 artistas a enviar propostas de intervenção para este edital. A seleção contemplou 7 artistas visuais, arquitetos e poetas com propostas e linguagens diferentes, levando para e esfera pública trabalhos muitas vezes confinados a uma esfera intramuros.

Baixe a publicação Muros: Territórios Compartilhados BH

Este caderno de textos é resultado do Seminário Muros: Territórios Compartilhados que aconteceu em Belo Horizonte entre os dia 13 e 15 de setembro de 2011. Aqui compartilhamos as discussões e reflexões trazidas durante o seminário, que foi uma das ações do projeto Muros: Territórios Compartilhados. Através de um edital público, o projeto propôs a artistas que desenvolvessem propostas de trabalho em que o muro deveria estar na estrutura, tanto física quanto conceitual, da obra.

O seminário foi organizado em três mesas com os seguintes temas: “Interferências na paisagem: produção de imaginários urbanos”, “Entre espaços: convivência no limite entre o público e o privado” e “Poéticas visuais no espaço urbano”. Os temas foram pensados pela coordenação e curadoria a partir da proposta do projeto e do resultado dos trabalhos realizados na cidade. Os palestrantes convidados têm experiências de diferentes áreas do conhecimento como História, Artes Visuais, Arquitetura, Geografia e Comunicação. As falas ampliaram e discutiram o universo das cidades relacionando a arte, o ativismo político, o imaginário urbano, as ações poéticas, as relações de limite, territórios, entre outros temas e conceitos importantes para refletirmos sobre a forma como estamos construindo e estabelecendo as relações com a cidade onde vivemos.

Este caderno é formado por textos inéditos de André Mesquita, Eduardo de Jesus, Wellington Cançado, Cássio Hissa e Adriana Nascimento. As palestras estão disponíveis em vídeo no site do projeto onde também é possível baixar o catálogo, assistir os vídeos/registros das intervenções feitas nos muros da cidade, entre outros conteúdos relacionados ao projeto.

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Muros: Territórios Compartilhado Salvador

Muros: Territórios Compartilhado Salvador

Os residentes foram escolhidos através de um edital público que trazia como proposta a criação e a realização de trabalhos que tem em sua estrutura os Muros da cidade. Foram selecionados sete propostas de investigação dentre as mais de 180 enviadas de diferentes cidades e regiões do Brasil.

O projeto Muros em sua terceira edição assumiu o formato de residência, com o objetivo de provocar um maior envolvimento e articulação dos artistas com os diversos contextos da cidade. Este formato é, de alguma maneira, um amadurecimento do projeto, que criou um ambiente mais favorável a um mergulho dos artistas em suas propostas e permitiu tempo para um contato mais profundo com as pessoas da cidade e com os lugares onde os trabalhos foram realizados.

Para ajudar a desenvolver os trabalhos os artistas contaram com a orientação dos curadores desta edição do projeto. Os artistas e professores Breno Silva, Brígida Campbell e Luís Parras estiveram presentes na residência acompanhando o desenvolvimento das pesquisas e estabelecendo diálogos com os residentes.

A convivência entre os artistas foi outro importante fator para o desenvolvimento dos trabalhos. As diversas visões de artistas de contextos e experiências diferentes trouxe um maior repertório para as pesquisa de cada um. Este encontro fortaleceu a criação de redes entre os participantes e os artistas da cidade. Estas oportunidades muitas vezes possibilitam a construção de parcerias mais duradouras que extrapolam este projeto.

Os trabalhos foram realizados na última semana de abril sendo um por dia em diferentes regiões da cidade. Durante esta intensa semana realizamos também o Seminário Muros: Territórios Compartilhados que contou com a participação da professoras Renata Marquez, Maria Luiza Nogueira, do professor Washington Drummond e a curadora Clarissa Diniz. Durante duas noites compartilhamos pensamentos sobre a ideia de cidade, território, imaginário urbano entre outros assuntos que ampliaram as reflexões trazidas pelos trabalhos realizados na cidade de Salvador.

Nas próximas paginas vocês verão textos e registros dos trabalhos produzidos pelos artistas, curadores, professores que participaram desta edição do projeto muros. Esperamos que esta produção contribua de para a ampliação da percepção e do imaginário da cidade.

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